Na última quinta-feira, dia 09 de fevereiro, um adolescente de 14 anos morreu depois de passar mal durante um teste nas categorias de base do Vasco em Itaguaí, município distante cerca de 70 km do Rio de Jan.
O jovem Wendel foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento da cidade, mas não resistiu. No momento em que passou mal, não havia médicos ou ambulância para prestar atendimento ao menino, que foi socorrido por funcionários do Vasco.
Ele treinava no clube há cinco dias e segundo a assessoria de imprensa do clube carioca, o adolescente apresentou atestado médico para participar do período de treinamento.
Wendel morreu com 12 minutos de atividade. Segundo a diretoria do Vasco, sofreu um mal súbito. Dois dias antes, o garoto, de 14 anos, havia participado da primeira etapa da peneira do time sub-15 do Vasco.
O trabalho de adolescentes no futebol é uma realidade em nosso país. Munidos de coragem a partir do sonho de se tornar um famoso jogador, meninos e meninas se submetem a jornadas incessantes nas categorias de base e a realidade da tão sonhada profissão, se mostra dura e extremamente nociva ao desenvolvimento dessas crianças e adolescentes.
Em muitos casos os alojamentos não são apropriados nem possuem condições higiênicas e de habitação. A alimentação não é adequada ou suficiente e esses jovens permanecem nessas condições em busca de um sonho que se tornará realidade apenas para alguns ou mesmo para nenhum deles.
Esperamos que seja apurada a morte de Wendel e que os responsáveis sejam punidos. Para além disso, que este episódio sirva como um triste exemplo para que as autoridades públicas tomem providencias no sentido de fiscalizar este tipo de atividade, não permitindo situações que configurem trabalho infantil ou de adolescentes nas categorias de base do futebol brasileiro.
Precisamos mudar esta realidade para que o nosso futebol, nosso talento e nossa arte não seja uma arma fatal contra a vida de nossos adolescentes!
Nenhum comentário:
Postar um comentário